sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Na fronteira entre gravura, pintura e fotos: processo de Cianotipia no Sesc - rdnewns.com.br

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Na fronteira entre gravura, pintura e fotos: processo de Cianotipia no Sesc

Gilberto Leite







Exposição pode ser vista no Sesc Arsenal, na Capital. Local é opção de lazer, cultura e gastronomia
Aquele Jardim abriga muitas das minhas lembranças. Foi ali que vi filmes do Charles Chaplin, deitada nas esteiras espalhadas pela grama, vi o show da banda dos meus pais Caximir, apresentações musicais, peças de teatro e crianças em roda.
Um jardim e o céu acima, quase como um quadro representado com cenas lúdicas.
É o que penso quando alguém pergunta se existe outras atividades no Sesc Arsenal, além da tradicional quinta-feira, quando ocorre o Bulixo.
Sentar no bar, pedir um suco de cupuaçu, comer um “Música no Jardim” e me deliciar com um fim de tarde.
Toda ida ao Sesc Arsenal reserva um pouco de poesia. Essa semana fui até lá para fazer a minha inscrição para o curso de contos com o escritor gaúcho Paulo Scott (o já tinha dado essa dica aqui) e logo na entrada sou surpreendida com fotos com diversos tons de azul, contrastando com um azul profundo, quase preto.
Assim que chegamos e passamos pela entrada principal, com aquela porta branca imensa do casarão antigo, a primeira parede à esquerda é usada para mostrar um pouco da arte que acontece aqui, ali e acolá. Desenhos e pinturas de artistas locais, intervenções, enfim, aquele espaço é dedicado a toda expressão artística.
E agora, a parede branca está ocupada por estes retratos que também lembram quadros. É a “Cianotipia – Um encontro entre a gravura e a fotografia”. “As imagens apresentadas nesta mostra foram feitas através da técnica de Cianotipia – um processo de impressão fotográfica do século XIX, que consiste na utilização de uma mistura de químicos a base de ferro e da sua consequente exposição ao Sol. Como resultado, são obtidas imagens impressas em tons de azul”, consta na apresentação da mostra.
As imagens foram produzidas durante o curso de Cianotipia - realizado no Sesc entre julho e agosto e ministrado pela fotógrafa e artista visual Lilian Barbon de Santa Catarina - veja vídeo sobre técnica.
“No processo de Cianotipia, as fronteiras entre a fotografia, a pintura e a gravura praticamente se apagam, e através do resgate histórico desta técnica, fazemos com que ela sobreviva ao passar do tempo, redescobrindo-a e reinventando-a, em meio a tantos avanços tecnológicos que vivenciamos”, segue a explicação sobre o processo, que fica ao lado das fotografias.
Os expositores da mostra foram os participantes do curso, sendo eles: Aline Balbino Ramos, Amilton Martins, Camila Brandão, Celia Soares, Deborah Chaves, Gilda Portella Rocha, Jacqueline Rachid Jaudy, Jose Cunho Neto, Livia Viana, Mari Gemma de La Cruz, Aruã Calil, Marcia Bonfim de Arruda, Polyana Farias de Sousa Silva, Rita Ximenes, Rodolfo Carli de Almeida, Roseli Matias e Ruth Albernaz.
A próxima vez que for cruzar aqueles salões à céu aberto do Sesc, lembre-se de olhar para a esquerda. Os olhares ali expostos são especiais. Ruth Albernaz que este ano apresentou uma exposição individual retrata o índio no único quadro que não tem a cor azul. Rodolfo Carli de Almeida vem com um dos ícones cuiabanos, o grande e saudoso Jejé de Oyá que nos deixou este ano, e estava relegado ao esquecimento na própria terra.
Isso só para ilustrar que vale todos os minutos que puder absorver e observar a gravura e a pintura se transformarem em fotografia.

domingo, 21 de agosto de 2016

JONGO UFMT


































Exposição coletiva “Tinta, papel e arte”

Exposição coletiva “Tinta, papel e arte”
“Pintar é registrar as sensações coloridas que temos”, disse o imortal artista plástico Paul Cézanne. Sensações colhidas do mundo externo pela “sensibilidade” e internalizada como a “percepção” do artista. Por sua vez, externalizada novamente na “representação” desse mundo externo e interno na linguagem do desenho ou da pintura, entre muitas outras linguagens artísticas.
Nesse sentido, a mostra “Tinta, papel e arte” é um convite ao afetar-se diante dos desenhos figurativos, abstratos e paisagens de diferentes percepções e estilo de representações. Este coletivo é composto pelos artistas visuais: Benedito Nunes, Cida Silva, Eli Melo, Gilda Portella, Jamaika Farias, Laura Borges, Maria Auxiliadora, Meg Marinho, Paty Wolff e Rodolfo Carli. Os trabalhos foram realizados neste primeiro semestre no Ateliê Aberto do artista visual Benedito Nunes no Centro Cultural Casa Cuiabana.
Para essa exposição, o mestre e artista visual Benedito Nunes brinca em suas composições de desenho com o movimento das folhas do cerrado, traz cenas do cotidiano urbano e o transitar dos carros e faz trocadilhos com palavras e ações como na obra “K.rona”. Já a artista Cida Silva, aborda em seus desenhos personalidades de mulheres que tomou como inspiração. Além, de trazer em outras obras a simplicidade da infância no sentido de encontrar felicidade nos singelos momentos do cotidiano como na obra “Brincando na chuva”. Eli Melo, por sua vez, inspirada em retrato de rostos femininos, traz para essa mostra “olhares, caras e bocas” de mulheres, revelando as diferentes personalidades dos personagens por ela criados.
A artista Gilda Portella com forte inspiração na pessoa de Teresa de Benguela compôs uma série de “Teresas”. Os desenhos trazem uma representação de “Teresa” e sua personalidade forte, de luta, imbuída da beleza dos traços negros. Com linhas e traços finos da caneta esferográfica, Jamaika Farias compôs os desenhos desta mostra na mesma sutileza com que seus desenhos são internalizados pelos expectadores. A delicadeza das linhas e dos desenhos podem ser comtemplados nas obras “Romântica”, “Sensível” ou “Beija-flor”. Laura Borges traz para essa exposição a série “Sentidos ocultos”, abordando a existência de uma sensibilidade humana para além dos sentidos físicos tato, olfato, paladar, visão e audição. Entre as cinco obras da artista nesta mostra, as obras “Audição” e “Tato” compõe a série.
Outra artista a compor o coletivo, Maria Auxiliadora passeia pelas danças populares do Siriri e do Chorado de Vila Bela, pelas paisagens como em a obra “Entardecer” e traz personagens em cenas cotidianas como o “Saco da Alegria”. Meg Marinho, uma artista apaixonada pela vida da artista plástica Frida Kahlo compôs para essa mostra a obra “Frida Colors”, e nessa mesma vibe colorida traz outras personagens de sua criação como “Golda” ou “Balé das cores”.
A artista visual Paty Wolff, com uma explosão de cores brilhantes e fluorescentes traz para essa mostra personagens do cotidiano urbano da periferia brasileira e da “mama” África como na obra “Florence” ou “Ditinho camisa 10”. A discussão da beleza e/ou dos padrões clássicos e/ou acadêmicos perpassa seus trabalhos a exemplo da obra “Dália Rouge”, bem como em todas as outras obras. Enfim, o artista Rodolfo Carli, inspirado no mar e nos objetos que representam a vida à beira-mar, traz através da sutileza da aquarela desenhos e pinturas de medusas e personagens marinheiros por ele criados como “Cabelo Maresia”, “Meduza Palooza” ou “Cat Fisher”.
Nas experimentações dos dez artistas que participam da mostra, são utilizados materiais como tinta acrílica, guache, aquarela, lápis, carvão e/ou giz pastel e de cera, todas compostas sobre suportes de papel.
A exposição “Tinta, papel e arte” segue aberta para visitação até dia 30 de setembro, na Casa Cuiabana, de segunda a sexta, das 8hs às 12hs e das 14hs às 18hs. Entrada Franca. Obras à disposição de aquisição. Info: (65) 3624-2064 (Casa Cuiabana) / (65)99253-1234 (Paty Wolff).

GARIMPO CULTURAL


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EXPOSIÇÃO: TINTA, PAPEL E ARTE NO CENTRO CULTURAL DA CASA CUIABANA

Historiadora, natural de Barra do Garças-MT, há trinta anos fincou raízes na capital, descobrindo-se pintora nos últimos anos. Exibiu em novembro de 2015, no Colégio Estadual Ferreira Mendes as primícias de suas cores; Em março e abril de 2016 mostrou suas obras em piso plástico e óleo sobre tela, na Feira Sustentável no “Gran Bazar Pac”, em Cuiabá; Convidada da Secretaria de Cultura do Estado, expôs suas telas numa série  intitulada de “Os Orixás” em abril e maio de 2016, no Centro Cultural Casa Cuiabana; Em  abril de 2016 esteve presente no Grupo União Consciência Negra, GRUCON, em Cuiabá-MT com a exposição “OS ORIXÁS”; Em maio de 2016 participou do “I Seminário Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso” em Cuiabá-MT com a mesma exposição; Fez o Curso História da Arte, no MACP na Universidade Federal de Mato Grosso, com a crítica de arte Aline Figueiredo; Em Junho participou da “Roda de Ciranda”–Tambor de Crioula, na Praça da UFMT em Cuiabá-MT com a exposição “Os Orixás”; Em junho esteve no Centro Cultural da UFMT a convite do grupo “Negro Coletivo” de Cuiabá-MT com a mesma exposição; Refinou sua sensibilidade participando do “Curso de Pintura” com o artista plástico Benedito Nunes na Casa Cuiabana; Participou do Concurso de Pintura e Desenho 2016, Padre João Maia, “Diálogos Intergeracionais” no município de Vila de Rei, em Portugal e participou do curso de “Cianotipia” pelo Sesc Arsenal, Cuiabá-MT. Contatos: (65)99249-2284.