Exposição coletiva “Tinta, papel e arte”
“Pintar é registrar as
sensações coloridas que temos”, disse o imortal artista plástico Paul
Cézanne. Sensações colhidas do mundo externo pela “sensibilidade” e
internalizada como a “percepção” do artista. Por sua vez, externalizada
novamente na “representação” desse mundo externo e interno na linguagem
do desenho ou da pintura, entre muitas outras linguagens artísticas.
Nesse sentido, a mostra “Tinta, papel e arte” é um convite ao afetar-se
diante dos desenhos figurativos, abstratos e paisagens de diferentes
percepções e estilo de representações. Este coletivo é composto pelos
artistas visuais: Benedito Nunes, Cida Silva, Eli Melo, Gilda Portella,
Jamaika Farias, Laura Borges, Maria Auxiliadora, Meg Marinho, Paty Wolff
e Rodolfo Carli. Os trabalhos foram realizados neste primeiro semestre
no Ateliê Aberto do artista visual Benedito Nunes no Centro Cultural
Casa Cuiabana.
Para essa exposição, o mestre e artista visual
Benedito Nunes brinca em suas composições de desenho com o movimento das
folhas do cerrado, traz cenas do cotidiano urbano e o transitar dos
carros e faz trocadilhos com palavras e ações como na obra “K.rona”. Já a
artista Cida Silva, aborda em seus desenhos personalidades de mulheres
que tomou como inspiração. Além, de trazer em outras obras a
simplicidade da infância no sentido de encontrar felicidade nos singelos
momentos do cotidiano como na obra “Brincando na chuva”. Eli Melo, por
sua vez, inspirada em retrato de rostos femininos, traz para essa mostra
“olhares, caras e bocas” de mulheres, revelando as diferentes
personalidades dos personagens por ela criados.
A artista Gilda
Portella com forte inspiração na pessoa de Teresa de Benguela compôs uma
série de “Teresas”. Os desenhos trazem uma representação de “Teresa” e
sua personalidade forte, de luta, imbuída da beleza dos traços negros.
Com linhas e traços finos da caneta esferográfica, Jamaika Farias compôs
os desenhos desta mostra na mesma sutileza com que seus desenhos são
internalizados pelos expectadores. A delicadeza das linhas e dos
desenhos podem ser comtemplados nas obras “Romântica”, “Sensível” ou
“Beija-flor”. Laura Borges traz para essa exposição a série “Sentidos
ocultos”, abordando a existência de uma sensibilidade humana para além
dos sentidos físicos tato, olfato, paladar, visão e audição. Entre as
cinco obras da artista nesta mostra, as obras “Audição” e “Tato” compõe a
série.
Outra artista a compor o coletivo, Maria Auxiliadora passeia
pelas danças populares do Siriri e do Chorado de Vila Bela, pelas
paisagens como em a obra “Entardecer” e traz personagens em cenas
cotidianas como o “Saco da Alegria”. Meg Marinho, uma artista apaixonada
pela vida da artista plástica Frida Kahlo compôs para essa mostra a
obra “Frida Colors”, e nessa mesma vibe colorida traz outras personagens
de sua criação como “Golda” ou “Balé das cores”.
A artista visual
Paty Wolff, com uma explosão de cores brilhantes e fluorescentes traz
para essa mostra personagens do cotidiano urbano da periferia brasileira
e da “mama” África como na obra “Florence” ou “Ditinho camisa 10”. A
discussão da beleza e/ou dos padrões clássicos e/ou acadêmicos perpassa
seus trabalhos a exemplo da obra “Dália Rouge”, bem como em todas as
outras obras. Enfim, o artista Rodolfo Carli, inspirado no mar e nos
objetos que representam a vida à beira-mar, traz através da sutileza da
aquarela desenhos e pinturas de medusas e personagens marinheiros por
ele criados como “Cabelo Maresia”, “Meduza Palooza” ou “Cat Fisher”.
Nas experimentações dos dez artistas que participam da mostra, são
utilizados materiais como tinta acrílica, guache, aquarela, lápis,
carvão e/ou giz pastel e de cera, todas compostas sobre suportes de
papel.
A exposição “Tinta, papel e arte” segue aberta para
visitação até dia 30 de setembro, na Casa Cuiabana, de segunda a sexta,
das 8hs às 12hs e das 14hs às 18hs. Entrada Franca. Obras à disposição
de aquisição. Info: (65) 3624-2064 (Casa Cuiabana) / (65)99253-1234
(Paty Wolff).
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